segunda-feira , 23 dezembro 2024
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'CriptoCuia' discute, em Belém, segurança digital, cultura popular e justiça climática na Amazônia




Evento faz trilhas de debates, feira de exposição com empreendedores das periferias e noite cultural com artistas, na Usina da Paz Jurunas/Condor. Evento em Belém discute segurança digital, cultura popular e justiça climática na Amazônia.
Divulgação
A Usina da Paz Jurunas/Condor, em Belém, recebe nos dias dias 6, 7 e 8 de dezembro, a CriptoCuia, evento cultural gratuito que mistura oficinas, debates e festas para promover diálogos sobre segurança e direitos digitais, cultura popular e justiça ambiental e climática.
O evento começa no dia 6 de dezembro com atividades on-line, com discussões introdutórias e painéis temáticos com especialistas.
A partir dos dias 7 e 8 de dezembro, a programação ocorre presencialmente na Usina da Paz Jurunas/Condor, expandindo a conexão entre a cultura digital e as manifestações culturais regionais.
Cultura popular e cultura digital
Inspirado pelo movimento global das Criptofestas, a CriptoCuia traz uma proposta única: explorar o encontro entre cultura popular e cultura digital, promovendo reflexões sobre como as tecnologias podem ser usadas para proteger direitos e fortalecer lutas territoriais e culturais na Amazônia Paraense.
O evento oferece espaço de aprendizado coletivo e diversão, onde os participantes poderão dialogar sobre como navegar com autonomia e segurança na internet, além de explorar a riqueza das manifestações culturais locais, como o ritmo ancestral do carimbó, a guitarrada e as batidas tecnológicas do tecnobrega.
A programação será organizada em trilhas temáticas que aprofundam os diálogos e conectam a tecnologia às expressões culturais locais:
Trilha Carimbó: Conectividade significativa, comunicação e tecnologias ancestrais
Focada na conectividade significativa, a trilha aborda os desafios da infraestrutura de internet na Amazônia e reflete sobre o impacto do “deserto de notícias” na região, desinformação e educação midiática. Além disso, a trilha explora como as tecnologias ancestrais podem inspirar soluções inovadoras para problemas contemporâneos.
O carimbó, declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2014, transcende como dança ou ritmo, é uma tradição, transmitida oralmente por mestres e mestras, dialoga com a sustentabilidade e os desafios climáticos enfrentados pelas populações amazônicas.
Trilha Guitarrada: Governança da internet, direitos humanos e cuidados integrais
Essa trilha destaca a governança da internet como um direito humano fundamental. A discussão passa pela importância da criptografia, da segurança digital e da liberdade de expressão para garantir uma rede inclusiva e democrática.
A guitarrada, nascida no Pará e marcada pela fusão de gêneros como choro, carimbó e merengue, serve como metáfora para novas formas de unir expressão cultural e inovação digital. Desde Mestre Vieira até os músicos contemporâneos, o gênero inspira debates sobre conexão e criatividade.
Trilha Tecnobrega: Colonialismo de dados, racismo digital e inovação
Focada no impacto do colonialismo de dados e do racismo digital, essa trilha questiona o papel das Big Techs na perpetuação de desigualdades e explora caminhos para uma tecnologia mais inclusiva e justa.
O tecnobrega, nascido nas periferias de Belém e popularizado longe das grandes gravadoras, o gênero utiliza tecnologias avançadas, de softwares e hardwares, para criar um som único que mistura calypso, lambada e brega.
Grandes aparelhagens como o Crocodilo, Águia de Fogo e Búfalo do Marajó trazem robótica e design local para suas produções, enquanto DJ’s e produtores apontam os caminhos do futuro ancestral, conectando afrofuturismo e cultura digital às periferias amazônidas.
Cada trilha é composta por diversas atividades como painéis, intervenções artísticas, mostra de filmes, aulas-performances e oficinas que foram selecionadas via edital lançado pela organização do evento.
Programação cultural
A programação ainda conta com feira de exposições com 20 empreendedores das periferias da região metropolitana de Belém e noites culturais com apresentação de artistas como Guitarrada das Manas, Melissandra, DJ Walbster, Grupo Pisada Caboca e o trio “Black Trindade” formado pelos MCs Super Shock, Sumano e Moraes MV.
A CriptoCuia é uma realização da Na Cuia Produtora Cultural e foi selecionada pelo edital de Múltiplas Linguagens da lei Paulo Gustavo, via FUMBEL – Prefeitura de Belém e Ministério da Cultura – Governo Federal, além de contar com apoio do Sebrae Pará e parceria com Palmares Laboratório-Ação, Observatório das Baixadas, Centro Popular de Comunicação e Audiovisual (CPA) e Bigu ComunicAtivismo.
Serviço
CriptoCuia
Data: 6 de dezembro: Programação online no YouTube: https://www.youtube.com/@criptocuia | 7 e 8 de dezembro: Programação presencial em Belém
Local: Usina da Paz Jurunas/Condor (Passagem Motorizada, 5 – Condor, Belém – PA, 66033-530)
Entrada gratuita
Mais informações: site criptocuia.org e @criptocuia
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