O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que o seu país vai caçar e apresentar à Justiça os responsáveis pela morte do refém britânico David Haines.
Cameron disse que o país ficou “enojado” com a morte de Haines, que aparece em um vídeo divulgado no sábado ao lado de um jihadista pouco antes de ser decapitado.
Para ele, os supostos autores do atentado, do grupo militante Estado Islâmico, “não são muçulmanos, são monstros”.
As declarações do líder britânico foram dadas após uma reunião de emergência do seu governo para discutir a reação à execução.
O britânico de 44 anos, que trabalhava na agência de ajuda humanitária francesa Acted, foi vítima da terceira decapitação divulgada em vídeo pelos militantes.
Vítimas americanas
Anteriormente, dois jornalistas americanos, James Foley e Steven Sotloff, tinham sido assassinados.
David Haines, que deixou a mulher e dois filhos, tinha sido sequestrado no povoado de Atmeh, na Síria, em março do ano passado.
O vídeo divulgado no sábado começa com imagens de David Cameron, mas em seguida um homem aparentando ser Haines aparece vestindo um macacão laranjado e ajoelhado ao lado de um carrasco mascarado.
“Meu nome é David Cawthorne Haines. Quero declarar que considero o senhor, David Cameron, inteiramente responsável por minha execução”, diz a vítima.
Sempre ao lado do militante armado com uma faca, a vítima diz que Cameron integrou a coalização com os Estados Unidos contra o Estado Islâmico “da mesma forma que o seu antecessor Tony Blair”.
“Infelizmente, somos nós, o povo britânico que acaba tendo que pagar o preço pelas decisões egoístas do nosso Parlamento”, diz o homem.
Então, o militante, que poderia ser o mesmo dos outros vídeos pelo seu sotaque britânico, também se dirige a Cameron e diz que a vítima “tem que pagar o preço pela sua (do primeiro-ministro) promessa de armamento da Peshmerga (exército curdo) contra o Estado Islâmico”.
O ministro do Exterior britânico afirmou que o vídeo parece ser genuíno.
A divulgação das imagens ocorreu horas depois de sua família fazer um apelo direto ao Estado Islâmico pedindo um contato na última sexta-feira.
A declaração da família, divulgada por autoridades britânicas dizia: “Nós somos a família de David Haines”.
“Enviamos mensagens a vocês e não recebemos resposta. Estamos pedindo àqueles que mantêm David preso que façam contato conosco”.
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